1. O Jogo
É difícil falar do Sporting por tudo o que se tem passado mas se me abstrair do que tem sido o presente exibicional da equipa terei de aceitar o jogo realizado como uma exibição digna, profissional e, tivesse o Sporting na luta pelo título, não teria sido na Mata Real que se despediria do mesmo. Uma primeira parte cautelosa, diria mesmo receosa, afinal não é fácil reagir a quatro desaires consecutivos, sabendo que estariam a fazer história pelo clube se fossem novamente derrotados. O Paços controlou o jogo, muito embora sem criar lances de golo (foram dois em todo o jogo), o que não significa que não marcassem, afinal a Académica venceu em Alvalade marcando 2 golos nas 3 ocasiões de golo que tiveram! Mas esteve concentrada a defensiva leonina, bem coadjuvada pelo meio campo, com Pedro Mendes e Adrien sempre combativos nas disputas de bola. Foi sobretudo um jogo sem espaços, os jogadores do Paços procuraram fazer aquilo que têm feito em toda a prova, ou seja, aniquilar qualquer tentativa de construção de jogo do adversário, sem intenções de avançar com a bola, apenas impedir que o adversário o fizesse. Neste tipo de jogos só há uma solução: ser eficaz! O Sporting não o foi, o resultado é a prova disso mesmo, teve meia dúzia de flagrantes ocasiões de golo e todas as desperdiçou, já para não falar da dezena de lances bem construídos e pessimamente direccionados para os avançados poderem concluir facilmente. Chegou a meter dó a facilidade com que o meio campo leonino se desdobrava na troca de bola e abertura de espaços para, no passe decisivo, perder o que de bom havia sido conseguido. O último lance do jogo resume a exibição leonina, criação e desperdício. Quando assim é não vale a pena procurar desculpas noutros lados, reconheça-se o trabalho da equipa no controlo e construção de jogo mas a forma como deixaram escapar a vitória tem de ser criticada, pese embora as atenuantes que se conhecem e o jogo frente ao Everton, o último escape da temporada.
2. Os jogadores

Destaco a coesão e entendimento entre Adrien Silva e Pedro Mendes, na minha opinião passará por estes dois jogadores muito do sucesso que o Sporting poderá almejar na próxima temporada. Uma das fraquezas mais evidentes do clube tem sido a falta de um meio campo sólido e combativo, que saudades de Oceano, Duscher e mesmo Vidigal, por muito talento e técnica que um centro campista como Miguel Veloso possa ter, naquela posição é fulcral ter-se espírito guerreiro, antes quebrar que torcer! Adrien Silva poderá ser um caso sério do clube se mentalizar-se que tem muito a aprender e que Pedro Mendes pode ser o professor ideal para o jovem leão.
Gostei igualmente de Rui Patricio. Tirando um lance em que valentemente se lança ao solo mas deixa fugir a bola por breves instantes, esteve sempre muito sólido e com grande presença na baliza, muito embora os laterais, Abel e Grimi, serem constantemente ultrapassados, permitidindo cruzamentos para a área de Patrício. É claro como água que o Sporting não tem laterais de qualidade, tirando Joao Pereira (que está a léguas do que fez em Braga!), é um crime ver um individuo como Grimi equipar com as cores de um clube da grandeza do Sporting, mas a culpa não é dele mas de quem o foi comprar, por 4 milhoes de euros! Para um clube que se diz sem dinheiro é incrível como s gasta tanto em jogadores abaixo do banal! E não me refiro só a Grimi, Matias Fernandez promete, promete e promete, mas sinceramente já me parece mais um político que um jogador de bola, para quando cumprir as promessas? Ainda não desisti do chileno mas a paciência começa a chegar aos limites, e entretanto foi mais que custou largos milhões, 3,5M para ser mais preciso. Mas nem é o que mais me irrita, esse mérito cabe a Pongolle: É costume dizer-se sobre algo que não se tem a certeza se é ou não bom que é como o melão, só depois de aberto é que se sabe se presta. Pois bem, a contratação do francês está-me a deixar com um grande melão, quando se paga 6,5M por um jogador é de esperar que seja bom, sobretudo bom para o nível português, que é baixo, se fosse alto o Saviola era suplente e marcava só meia dúzia de golos, como o fez aqui ao lado! Pongolle, que pelo que li é um excelente jogador de Poker e alinha no PokerStars, deve ter pensado que vinha jogar para África, mas apesar de sermos uma extensão de Marrocos é preciso trabalhar a sério e não é brincando como tem feito até ao momento que fará algo decente. E para palhaços já temos o Postiga, muito obrigado. E isto nem é uma questão de racismo, afinal para palhaço preto já temos o Djaló!
3. O árbitro
Duarte Gomes não é um árbitro que deixe boas recordações aos sportinguistas, mas verdade seja dita que actualmente nenhum é competente nem merecedor de crédito. Pelo menos teve uma arbitragem sem casos relevantes, muito embora fosse evidente a tendência em assinalar todo e qualquer contacto, sinal de fraqueza e falta de qualidade, nada a que não estejamos a ver deste indivíduo. Mas não foi por ele que o Sporting perdeu dois pontos.
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